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  • luizangpereira

Você se preocupa com o que fala na frente dos seus filhos?


Tivemos uma semana difícil. Mix de dias “curtos” demais com tarefas demais, calor demais e aquela pane no ar condicionado em uma casa que não tem um mísero ventilador, pra colaborar com o quiproquó.


Ser humano tem disso, né?! Dias melhores, outros nem tanto. E nem me refiro a “sorte” do dia, não. Me refiro a estado de espírito. Afinal, resiliência é uma ferramenta que nem sempre está com a corda toda pra funcionar.


O que está sempre ali é a expectativa de que as emoções dos nossos filhos estejam constantemente sob controle.


“Ele é calmo”, “Ela é terrível” “Meu Deus, que chata” “Estas crianças vão me enlouquecer”.

Quantos rótulos somos capazes de colocar?


Ontem, Rafael saiu correndo com a escova de dentes na mão. João estava na sala e eu não o segui. Fiquei no quarto terminando alguma função da rotina com a Liz (sim, eu sei, sair correndo com a escova tem seus perigos, além do fato quase certo de ele iria passar a escova de dente em algum lugar não muito recomendado, digamos. Mas não conseguir fazer tudo certo o tempo todo faz parte do combo). E antes mesmo que eu pudesse ir atrás do pequeno fugitivo, ele já tinha voltado sem a escola.


E agora? Tentei procurar, sem muito sucesso. Até que, brincando e certa de que ele não entenderia, perguntei “filho, cadê sua escova de dentes?”. Ele foi até a sala, se abaixou na frente do sofá e todo faceiro me entregou a bendita. E eu fiquei ali, olhando pra ele e pensando na minha subestimação da sua capacidade de compreensão.


O fato não é extraordinário, em absoluto.


Mas a ficha que caiu parecia um elefante. Eles nos ouvem e interpretam da sua maneira estas informações o tempo todinho. Especialmente nos momentos em que nos queixamos da maternidade de alguma forma.


Sem drama. Tempo é precioso. A ideia é refletir e seguir em frente.


E nesta mesma noite, antes de dormir, me dei conta que, apesar de óbvio, algumas coisas precisam sempre ser ditas:

“filha, eu amo ser sua mãe”

“mamãe, e eu amo ser sua filha”


E por aí, você costuma demonstrar o quanto o papel de mão te faz feliz?

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